Para todos ...

O momento que agora vivemos é verdadeiramente sério. A pandemia alterou as nossas vidas, privou-nos de tantas vivências. Há situações que irão permanecer na memória, e algumas delas, deixando danos difíceis de reparar.

Os hospitais estão a ficar sem vagas. Os profissionais de saúde esgotados. Todos nós, cada vez mais, intolerantes, impacientes e cansados “de tudo isto”.

É imprescindível que todos nós façamos esta pergunta a nós mesmos: “E se eu amanhã tenho verdadeira necessidade de ir para um hospital?”

Pois é! Por isso não é o melhor momento para criar divisões, conflitos, fazer comparações, ver quem é ou não beneficiado com isto ou com aquilo.

É o momento de pensarmos em todos. No próximo domingo celebramos o 4º dia mundial do pobre. Diz o Papa Francisco na mensagem para esse dia: “esta pandemia chegou de improviso e apanhou-nos impreparados, deixando uma grande sensação de desorientamento e impotência. (…) Este período que estamos a viver colocou em crise muitas certezas. Sentimo-nos mais pobres e mais vulneráveis, porque experimentamos a sensação da limitação e a restrição da liberdade. A perda do emprego, dos afetos mais queridos, como a falta das relações interpessoais habituais, abriu subitamente horizontes que já não estávamos acostumados a observar. As nossas riquezas espirituais e materiais foram postas em questão e descobrimo-nos amedrontados. Fechados no silêncio das nossas casas, descobrimos como é importante a simplicidade e o manter os olhos fixos no essencial. Amadureceu em nós a exigência duma nova fraternidade, capaz de ajuda recíproca e estima mútua. Este é um tempo favorável para «voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo (...)”.

Precisamos uns dos outros. Unidos como família cristã, convido a todos a viver estes dias de recolher obrigatório, não como uma “privação forçada” dos nossos direitos e liberdades, mas focados no bem comum. O que nos é pedido para fazer bem é: ficar em casa. Só isso!

Seguindo as orientações recebidas, neste fim de semana e no próximo - para já - teremos missa vespertina no sábado às 11h30. No domingo teremos a celebração da missa às 10h45 e às 12h.

No sábado à tarde enviarei um esquema de celebração para ser rezado em família para aqueles que não possam participar na missa.

Usemos este tempo para estar em família e rezar uns pelos outros. Rezemos de modo particular pelos doentes e por todos os que nos hospitais cuidam deles com tanta dedicação.

Unidos como família cristã
Pe. Feliciano Garcês

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