4.º Domingo: O Perdão

A 1.ª leitura deste domingo evoca a deportação para a Babilónia, o exílio do povo de Deus e o regresso à Terra Prometida. Vem ao de cima o pecado, como infidelidade à Aliança, com as suas consequências, e a prevalência da misericórdia do Senhor, sempre mais forte do que o pecado. O pecado, como infidelidade à Aliança e a oferta do perdão como nova oportunidade do amor, para refazer a Aliança, emergem assim da temática da 1.ª leitura. Podemos refletir no dom do perdão, como o dom maior do amor. Pode perspetivar-se aqui o perdão como tesouro a descobrir, também na vida familiar, em resposta ao pecado que nos divide e separa da comunhão com Deus e com os irmãos. Esta é uma boa ocasião para refletir em família sobre o amor que tudo perdoa e pô-lo em prática (cf. Papa Francisco, Audiência, 4.11.2015; AL 105-108; AL 112-113; AL 118-119; FT números 243 e 250).

Em família, podemos:
  • Celebrar a oração proposta e/ou adaptada.
  • Tecer uma corda ou laços com os nomes dos membros da família e colocar no cantinho da oração.
  • Desenhar as mãos unidas de todos os membros da família e colocar no cantinho da oração.
  • Fazer um exame de consciência familiar.
  • Fazer memória, contando momentos e gestos de perdão e de reconciliação vividos em família.

4º Domingo da Quaresma: O perdão
(cantinho de oração)

Introdução
Guia. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Ámen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!

SALMO
O seguinte Salmo (136/137) pode recitar-se alternadamente entre os membros da família, participando todos com o refrão.
Refrão: Se eu me não lembrar de ti, Jerusalém, fique presa a minha língua.
Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar, com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens, dependurámos nossas harpas.
Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir os nossos cânticos, e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».
Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, esquecida fique a minha mão direita.
Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém a maior das minhas alegrias.
G. Escutemos agora a Leitura do Evangelho segundo São João (Jo 3, 14-17)
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

REFLEXÃO
– Quando e porquê, elevou Moisés uma serpente no deserto?
O povo de Israel, liberto da escravidão, caminhava pelo deserto em direção à terra prometida. Cansado da caminhada começou a falar contra Deus e contra Moisés. Então o Senhor enviou serpentes venenosas e muita gente morreu em Israel. O Povo, reconhecendo o seu erro, implorou o perdão. Compadecido, Deus mandou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e a suspendesse num poste. Quem fosse mordido pelas serpentes, se olhasse para a serpente de bronze ficava curado. (cf. Nm 21, 4-9).
– Porque é que Jesus disse: “também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna”?
Jesus aludia à cruz em que viria a ser “elevado” no Calvário. Todo aquele que olhar para Jesus, elevado na cruz, e acreditar n’Ele, reconhecendo o seu pecado e acolhendo o seu amor e o seu perdão, será salvo. O amor restaura a aliança quebrada pelo pecado.
– Como revela Deus o Seu amor “desmesurado” à humanidade?
Deus amou e ama de tal forma a humanidade que lhe enviou o seu Filho para a salvar com o dom da sua vida, entregue por amor, até à morte de cruz. Mediante esse sacrifício, firmou com a humanidade uma nova e definitiva aliança de misericórdia.
– Em que aspetos experimentamos o mal em cada um de nós e na família? Como podemos fazer para contemplar Jesus, na cruz, e acolhermos o seu perdão, o seu amor para sermos curados, salvos?...

SÚPLICA – MOMENTO PENITENCIAL
– Senhor, quantas vezes nos esquecemos de ti e nos tornamos cúmplices da mentira e da violência!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Cristo, quantas vezes fomos infiéis à aliança que fizeste connosco e desfiguramos o rosto da tua Igreja a que pertencemos!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Senhor, vós nos criastes para fazer o bem e nos ressuscitais da morte do pecado!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…

LOUVOR E GRATIDÃO
Cada membro da família é convidado a dirigir a Deus um louvor, um agradecimento porque nos deu seu Filho, Jesus que nos ama e nos leva para o Pai. Um Pai que é rico em misericórdia, e que, pela grande caridade com que nos amou, nos restitui à vida com Cristo.
Após duas expressões de gratidão todos respondem:
Pai, contemplando Jesus, expressamos a nossa gratidão.
– Senhor, damos-Te graças por Teu Filho Jesus e pelo seu amor por nós.
– Senhor, damos-Te graças por…
Convida-se cada membro da família a agradecer o perdão de Deus e o perdão dos irmãos.
G. Porque descobrimos na Cruz de Cristo que Deus é um Pai rico de misericórdia, invoquemo-lo com confiança na nossa caminhada rumo à Páscoa:
Pai Nosso…

ATIVIDADE
1. Construir uma trança/corda e, neste quarto domingo, colocar um papiro que revela o tesouro em que vamos valorizar, especialmente os «laços e as mãos», ao longo da semana.
2. Colocar a corda/trança junto da arca, no cantinho da oração.

BÊNÇÃO
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia diz:
G. Em nome do Pai…
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Ámen

 
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