Foi com enorme tristeza que recebi a notícia do falecimento do Sr. D. António Francisco Santos, o nosso Bispo.
Falamos no sábado passado em Fátima, estava verdadeiramente feliz; como sempre, muito acolhedor, sorridente e com palavras de estímulo e agradecimento pelo trabalho que vamos realizando pelo povo de Deus, nesta paróquia e na sua diocese.
Há anos que nos conhecemos, e sempre vi no D. António, um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Foi um modelo para mim de como ser Pastor: simples, humilde, próximo, acolhedor e sempre disponível junto daqueles que Deus nos confiou. Admirava a sua capacidade de acompanhamento de todos e cada um, para todos tinha sempre uma palavra amiga.
Dou graças a Deus pela sua vida e apostolado. Recordo algumas das suas palavras na homilia de sábado passado, em Fátima: “A certeza de que Deus nos ama e nos quer felizes, tantas vezes sentida e experimentada, multiplica-se agora em vidas disponíveis que Deus chama, em comunidades vivas que Deus modela e em caminhos aplanados que Deus percorre connosco. Daqui se vislumbram novos horizontes de missão ampliados à dimensão dos desafios, das exigências e da cultura do nosso tempo. Procuremos escutar o mundo em que vivemos e prestemos mais atenção ao povo peregrino que somos, para no meio deste povo percebermos os sinais que a alegria do encontro com Cristo a todos oferece.
Igreja do Porto: Vive esta hora, que te chama, guiada pelas mãos de Maria, a ir ao encontro de Cristo e a partir de Cristo a anunciar com renovado vigor e acrescido encanto a beleza da fé e a alegria do Evangelho. Viver em Igreja esta paixão evangelizadora é a nossa missão. A vossa e a minha missão!
Esta é uma das horas mais significativas de alegria e de comunhão sonhada por Deus para a nossa diocese. Iniciamos agora, em dia da dedicação da nossa Igreja Catedral, o novo ano pastoral, no horizonte do Sínodo Diocesano, que aqui confio, desde já, à protecção da Mãe de Deus e Mãe da Igreja, Senhora do Rosário de Fátima.
Vamos partir daqui «movidos pelo amor de Deus» para que cresça, no Porto, como nos lembra o nosso Plano Diocesano de Pastoral 2017/2018, “uma Igreja bela, verdadeira casa de família, sensível, fraterna, acolhedora e sempre a caminho, mãe comovida com as dores e alegrias dos seus filhos e filhas, cada vez menos em casa, cada mais fora de casa, a quem deve fazer chegar e saber envolver na mais simples e comovente notícia do amor de Deus” (CEP/Carta Pastoral, 16.7.2010).”
Que junto de Deus nos acompanhe, confiámo-nos à sua intercessão para continuarmos a missão movidos pelo amor de Deus.
Muito obrigado D. António, descanse em paz.
Pe. Feliciano Garcês
Paróquia Nossa Senhora da Boavista