
Celebrar o Natal em tempo de pandemia
Nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
1. Damos graças a Deus que neste Natal de 2020 nos convoca a um encontro mais íntimo e essencial com o Emanuel que veio salvar-nos. Queremos levar até ao presépio principal das nossas igrejas – o altar onde o Verbo encarnado se faz nosso Pão – a oferenda da dor e solidão de tantas famílias que vivem horas de sobressalto ou de luto, a generosidade de tantos homens e mulheres que de muitos modos e nos mais diversos âmbitos se dedicam a aliviar esses sofrimentos, os progressos da investigação científica e da solidariedade humana que fazem acender um farol de esperança no horizonte da família humana.
2. Acolhemos as orientações anunciadas pelas autoridades civis e sanitárias: permitir às famílias algum reencontro e celebração comum das próximas festas do Natal. E fazemos nossa a recomendação que as acompanha: que a alegria da festa e dos encontros familiares seja acompanhada de todas as cautelas, de modo que às festividades não suceda nova vaga de contágios com os consequentes sofrimentos e lutos.
3. O anúncio é auspicioso não apenas para as famílias – Igrejas domésticas – mas também para a grande família eclesial que vê, assim, ampliadas as possibilidades de celebrar em comunidade festas tão marcantes na vida da fé. Congratulamo-nos porque as orientações anunciadas nos permitem celebrar em assembleia não apenas nas manhãs dos dias de Natal, do Domingo da Sagrada Família (27 de dezembro) e da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro), mas também na véspera desses dias festivos e na tarde dos dias de Natal e de Ano Novo.
4. Desde já agradecemos a disponibilidade generosa dos Sacerdotes para proporcionarem aos fiéis ocasiões ampliadas de participação na Liturgia festiva desta quadra, ao mesmo tempo que os exortamos a manter todos os cuidados, conforme as nossas orientações de 8 de maio. Coerentemente, abstenham-se da prática tradicional de dar a imagem do Menino a beijar, substituindo esse gesto de veneração afetuosa por qualquer outro que não implique contacto físico e previna aglomerações.
5. A todos os que se enquadram nas chamadas «situações de risco» e a quantos estão de facto impedidos de participar presencialmente na Eucaristia, convidamo-los a santificar estes dias pela oração e pela caridade, pondo no centro da sua vivência natalícia a fé em Jesus Cristo, Deus que se fez nosso irmão, e o amor ao próximo.
6. Por fim, exortamos todas as famílias cristãs a avivarem a consciência da principal razão de ser destes seus encontros e convívios – o nascimento de Jesus, que introduz a humanidade na Família do próprio Deus, realizando na terra a fraternidade e a paz – e os enriqueçam com algum momento de oração em redor da mesa ou junto ao presépio e, se possível, com a participação conjunta na Eucaristia festiva das suas comunidades.
Fátima, 9 de dezembro de 2020
Para todos ...
O momento que agora vivemos é verdadeiramente sério. A pandemia alterou as nossas vidas, privou-nos de tantas vivências. Há situações que irão permanecer na memória, e algumas delas, deixando danos difíceis de reparar.
Os hospitais estão a ficar sem vagas. Os profissionais de saúde esgotados. Todos nós, cada vez mais, intolerantes, impacientes e cansados “de tudo isto”.
É imprescindível que todos nós façamos esta pergunta a nós mesmos: “E se eu amanhã tenho verdadeira necessidade de ir para um hospital?”
Pois é! Por isso não é o melhor momento para criar divisões, conflitos, fazer comparações, ver quem é ou não beneficiado com isto ou com aquilo.
É o momento de pensarmos em todos. No próximo domingo celebramos o 4º dia mundial do pobre. Diz o Papa Francisco na mensagem para esse dia: “esta pandemia chegou de improviso e apanhou-nos impreparados, deixando uma grande sensação de desorientamento e impotência. (…) Este período que estamos a viver colocou em crise muitas certezas. Sentimo-nos mais pobres e mais vulneráveis, porque experimentamos a sensação da limitação e a restrição da liberdade. A perda do emprego, dos afetos mais queridos, como a falta das relações interpessoais habituais, abriu subitamente horizontes que já não estávamos acostumados a observar. As nossas riquezas espirituais e materiais foram postas em questão e descobrimo-nos amedrontados. Fechados no silêncio das nossas casas, descobrimos como é importante a simplicidade e o manter os olhos fixos no essencial. Amadureceu em nós a exigência duma nova fraternidade, capaz de ajuda recíproca e estima mútua. Este é um tempo favorável para «voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo (...)”.
Precisamos uns dos outros. Unidos como família cristã, convido a todos a viver estes dias de recolher obrigatório, não como uma “privação forçada” dos nossos direitos e liberdades, mas focados no bem comum. O que nos é pedido para fazer bem é: ficar em casa. Só isso!
Seguindo as orientações recebidas, neste fim de semana e no próximo - para já - teremos missa vespertina no sábado às 11h30. No domingo teremos a celebração da missa às 10h45 e às 12h.
No sábado à tarde enviarei um esquema de celebração para ser rezado em família para aqueles que não possam participar na missa.
Usemos este tempo para estar em família e rezar uns pelos outros. Rezemos de modo particular pelos doentes e por todos os que nos hospitais cuidam deles com tanta dedicação.
Unidos como família cristã
Pe. Feliciano Garcês
Nota Informativa - Diocese
O Decreto 8/2020, de 8 de novembro, estabelece limites à circulação dos cidadãos por motivos da pandemia. Na prática, toda a área da Diocese do Porto é afetada por esta normativa. Embora a liberdade religiosa não possa ser afetada, nós, Igreja diocesana, seremos os primeiros a contribuir, com o nosso comportamento responsável, para minimizar um problema que a todos aflige e está longe de ficar controlado.
De acordo com a subalínea iv) da alínea b) do número 1 do Artº 3º, do referido Decreto, os ministros do culto, desde que no exercício da sua função e acompanhados pelo documento que os credita para tal –no caso dos sacerdotes e diáconos, o bilhete de identidade sacerdotal/diaconal atualizado- não estão abrangidos pela proibição de circulação “diariamente, no período compreendido entre as 23:00 h e as 05:00 h, bem como aos sábados e aos domingos no período compreendido entre as 13:00 h e as 05:00 h”. Entretanto, de forma geral, os fiéis leigos não podem circular nesses horários.
Atendendo a isso, e durante o tempo em que vigorar o estado de emergência, ouvidos os senhores Bispos Auxiliares, solicito se cumpram as seguintes orientações:
- Suspenda-se toda a atividade presencial (Missas, devoções populares, funerais, catequese, etc.) nos períodos anteriormente referidos.
- Tente-se que a catequese prevista para esses horários se desenvolva, com a normalidade possível, por meios digitais.
- Tenha-se em atenção os horários das celebrações para que as pessoas possam regressar às suas moradas sem infligir o dever de recolhimento obrigatório.
- A título excecional, e desde que haja absoluta necessidade, concede-se que as habituais Missas vespertinas para o cumprimento do preceito dominical possam ser antecipadas para a manhã de sábado.
- Retifico as disposições de um ou outro sacerdote que já tinha disposto, por iniciativa própria, o que se refere no número anterior.
Porto, 9 de novembro de 2020
+ Manuel, Bispo do Porto
Catequese - Orientações
Estamos a dar início ao novo ano pastoral. Teremos como lema: Unidos como família cristã. Este ano começa em circunstâncias particulares que exigem de nós um cuidado muito grande. A catequese é importante para as crianças e adolescentes. Depois de termos recolhido várias opiniões, temos reunidas as condições para dar início ao novo ano de catequese com sessões presenciais.
Peço a vossa atenção para as orientações que se seguem, tendo sempre presente, que em qualquer momento podem estar sujeitas a modificações, de acordo com as orientações que possam surgir das entidades competentes.
27 de setembro (domingo): Missa de início de catequese: compromisso de catequistas, às 10h45.
28 de setembro (2ª feira): Início dos encontros de catequese.
Horário da catequese
O horário da catequese: 2ª, 3ª e 4ª feira:
1º e 2º ano: das 18h15 às 19h15.
3º e 4º ano: das 18h30 às 19h30.
5º e 6º ano: das 18h45 às 19h45.
Ao sábado: das 17h30 às 18h30.
Os encontros serão semanais mas, nos grupos mais numerosos, podem passar a quinzenais, isto é, dividir o grupo em dois. Assim, metade vem à catequese e a outra metade fica em casa. Será bom para os que ficam em casa ter uma actividade relacionada com o tema para realizar em família. Cada catequista gere o seu grupo de acordo com o número de catequizandos e a sala disponível.
A entrada continua a ser a mesma, mas sem a passagem pelo salão e pelo bar; faz-se pela porta mais à direita no pátio interior. À chegada as crianças irão directamente para as salas. Os catequistas entram pela porta da portaria da paróquia e deslocam-se para as salas, onde esperam as crianças.
À entrada todos devem usar máscara e será feita a higienização das mãos. Todos devem entrar devidamente higienizados, com máscara e fazendo todo o possível para não se cruzar com outras pessoas.
O contacto com as famílias pode ser feito no pátio, mantendo o distanciamento físico recomendado, possibilitando que a articulação possa ser veiculada ou complementada, regularmente, via telefone ou por meios digitais, de modo a que, na adaptação a esta nova realidade, haja articulação e continuidade entre os catequistas e a família.
O acesso às salas é limitado apenas aos catequistas e às crianças. Nas salas serão mantidas as medidas de distanciamento, garantindo a maximização do espaço entre pessoas. Desta forma, as mesas das salas estarão dispostas com a mesma orientação, evitando uma disposição que implique as crianças viradas de frente uns para as outras. Nas salas estarão apenas os acessórios e materiais essenciais para as atividades da catequese, não haverá material comum, cada criança terá o seu material individual necessário. Será privilegiado o uso do próprio material e será proibida a sua partilha. Qualquer material que necessitem será de uso único e individual.
A ventilação e arejamento das salas e corredores serão mantidas, sempre que possível, nunca comprometendo a segurança das crianças.
As idas à casa de banho serão de 1 criança de cada vez.
A sala de isolamento é no piso 1, está devidamente identificada e sinalizada, tendo um WC específico e igualmente identificado e sinalizado no mesmo piso da sala de isolamento (Piso 1). Estará equipada com: cadeiras, telefone, água, sumos e bolachas (tudo em doses individuais).
Será maximizado o distanciamento físico entre as crianças quando estão em mesas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades da catequese.
Será assegurada a higienização e desinfeção das instalações de acordo com as recomendações da DGS (Orientação 014/2020), recorrendo a detergentes e desinfetantes certificados.
Será assegurada a higienização dos locais mais suscetíveis de contaminação (como corrimãos, interruptores e maçanetas de portas e janelas) várias vezes.
Estará disponível sabonete líquido com comando não manual para a lavagem das mãos, toalhetes de papel para a secagem de mãos e caixote do lixo com saco plástico, de comando não manual.
Apesar das regras atuais de distanciamento físico, importa não perder de vista a importância das aprendizagens e do desenvolvimento das crianças.
É igualmente importante estar atento ao bem-estar das crianças e responder às necessidades emocionais, físicas e cognitivas das mesmas, uma vez que o desenvolvimento e a aprendizagem são indissociáveis.
É essencial considerar que as interações e as relações que as crianças estabelecem com os adultos e com as outras crianças são a base para a sua aprendizagem e desenvolvimento.
É muito importante prestar atenção às suas dúvidas e angústias, tranquilizando-as e ajudando-as a compreender a importância do cumprimento destas novas regras, para a segurança e bem-estar de todos.
Continuaremos a manter a celebração das 10h45 como a “missa da catequese”. A preparação terá em conta as circunstâncias que vivemos.
As festas de cada ano de catequese serão celebradas. A exemplo do que aconteceu no mês de julho, com a Primeira Comunhão e Profissão de Fé, iremos preparar cada celebração com cuidado para serem celebradas com dignidade sendo, também, um marco significativo na caminhada de fé de todas as crianças e suas famílias.
Relembro que ainda podem fazer a inscrição para a catequese; e peço o vosso contributo e disponibilidade de modo particular para ser catequista.
Unidos como família cristã
Pe. Feliciano Garcês
Inscrições e Reinscrições na Catequese
As inscrições e reinscrições na Catequese para o Ano 2020/21 podem ser efetuadas na Secretaria Paroquial, até ao dia 15 de setembro.
• Na secretaria: Segunda a Sexta, das 15h30 às 20h30
• Online: Inscrição Catequese PNSB 20/21
Paróquia, Comunidade Responsável e Participativa
“…A paróquia é de todos, para todos e construída por todos….”
Na Igreja, pelo baptismo, todos somos iguais em dignidade e todos somos responsáveis pela única missão do Povo de Deus no mundo: anunciar a toda a criatura “A doce e reconfortante alegria do Evangelho” (EG n.º9).Todos somos responsáveis da mesma maneira por esta missão, já que pela acção do Espírito Santo existem distintos ministérios, carismas e serviços. Contudo, esta diversidade não deve diminuir a responsabilidade comum, mas sim reforçá-la. A pluralidade de dons e funções demonstra que necessitamos uns dos outros nesta tarefa de levar a Alegria do Evangelho às pessoas com quem nos encontramos. Uma paróquia renovada multiplica as pessoas que realizam serviços e acrescenta ministérios para que todos se sintam fraternalmente acolhidos, valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos.
Pluralidade de carismas e de ministérios não significa caos ou ameaça à unidade da comunidade, mas antes, riqueza de dons do Espírito, que é uno e actua para construir a unidade e a caridade. A paróquia é de todos, para todos e construída por todos.
No misterioso entrelaçamento entre o agir de Deus e aquele do homem, a proclamação do Evangelho acontece através de homens e mulheres que tornam credível aquilo que anunciam com a vida, numa rede de relações interpessoais que geram confiança e esperança. No período atual, muitas vezes assinalado pela indiferença, pelo fechamento do indivíduo em si mesmo e pela rejeição do outro, a redescoberta da fraternidade é fundamental, a partir do momento que a evangelização está estreitamente ligada à qualidade das relações humanas. Assim, a comunidade cristã faz da palavra de Jesus estímulo a «avançar sempre mais profundo» (Lc 5, 4), na confiança que o convite do Mestre de lançar as redes garante a si a certeza de uma “pesca abundante”. A “cultura do encontro” é o contexto que promove o diálogo, a solidariedade e a abertura a todos, fazendo emergir a centralidade da pessoa. É necessário, portanto, que a paróquia seja um “lugar” que favorece o estar juntos e o crescimento das relações pessoais duradoUras, que consintam a cada um de perceber o sentido de pertença e de ser bem quisto.
Apesar das restrições da pandemia do Covid-19, tudo faremos para que as actividades possam acontecer, e tomaremos todas as medidas para garantir a segurança de todos.
Faça aqui o download da Ficha de colaboração pastoral: para quem desejar colaborar, integrar um ou mais grupos da paróquia, de acordo com a sua disponibilidade.
Ficha também disponível na Secretaria da Paróquia.